“A liberdade é nossa meta, a luta é nosso método.”

A marca da atual situação política é a instabilidade. Vivemos a maior crise econômica mundial, que está longe de ser resolvida sobre as bases do capitalismo. Os cortes da educação se aprofundam. No estado R$ 106 milhões são retirados do orçamento público para ir direto aos bolsos dos banqueiros. O ano de 2016 começou com a juventude nas ruas contra o aumento da tarifa do transporte público por todo o país. Participamos da Campanha Nacional Contra a Lei da Mordaça, que combate o projeto de lei criado pela ONG Escola Sem Partido. Apoiamos as lutas que derrubaram essa lei retrógrada em Campo Grande e ainda a combatemos no resto do país. Estivemos com os estudantes que ocuparam escolas contra a PEC 241 (atual 55) e a Reforma do Ensino Médio (MP 746). Nossas lutas diárias em defesa da juventude e da classe operária permanecem e fomos para as ruas lutar pelo “Fora Temer e o Congresso Nacional”.


As mobilizações em Joinville não foram diferentes. Em março, os estudantes de três escolas estaduais tiveram o passe estudantil cortado. Os estudantes se organizaram junto a UJES e saíram às ruas por semanas para exigir que todos continuassem a receber o passe estudantil. Porém o governo ignorou os estudantes, deixando com que muitos tivessem que mudar de escola ou até mesmo parar de estudar. A luta contra a Lei da Mordaça chegou a Joinville, o Projeto de Lei 221/2104, proposto pela Pastora Vereadora Leia, vem ao encontro com o projeto nacional da ONG Escola Sem Partido, que visa calar os estudantes e professores dentro da sala de aula. Continuamos combatendo essa lei retrógrada e não vamos parar até derrubá-la.

Em outubro de 2016, os estudantes secundaristas de Joinville, junto com os professores, saíram às ruas em defesa da educação pública, gratuita e para todos. Não bastassem esses ataques profundos, o Governo do Estado tenta passar diversas medidas que precarizam ainda mais o ensino, como a resolução 040, que prevê a volta da dependência. O reordenamento escolar, que pretende fechar turmas que possuem menos de 125 alunos matriculados, medida que já leva o fechamento de turmas de 16 unidades escolares em Joinville e região. Além disso, o governador Raimundo Colombo anunciou a instalação de uma escola militar na cidade. De acordo com a imprensa, o colégio militar ocupará o prédio da E.E.B. Osvaldo Aranha e deve começar a funcionar a partir de 2017, seguindo o modelo das escolas já existentes em Florianópolis e Lages. Não é aceitável o fechamento da unidade, que vai excluir alunos que não estejam no padrão aceito pela escola militar, deixando diversos jovens da comunidade sem escola. Assim, além de não construir novas escolas em Joinville há 20 anos, o Governo do Estado fecha escolas em funcionamento. 

Além disso, em uma ofensiva contra a liberdade de organização estudantil, o Governo do Estado através da Gerência de Ensino e das direções escolares tentam coibir a livre atuação e organização dos grêmios estudantis e da UJES, entidades legítimas na representação dos estudantes, proibindo a passagem em salas de aula, amedrontando os estudantes que se organizam, agindo na contramão da democracia, como verdadeiros ditadores. Condenamos todas essas práticas e chamamos os estudantes a se organizarem contra essas medidas.

Os ataques promovidos pelo governo federal e peloo estado pretendem destruir com a educação pública. É dever da UJES, como entidade estudantil, continuar a luta em defesa da educação pública, gratuita e para todos. Somente a organização dos estudantes, junto aos professores, pode barrar os ataques e nos garantir o que é nosso por direito. A UJES deve continuar se conectando com o movimento dos estudantes que estão dispostos a lutar por seu futuro em Joinville, no Brasil e no mundo todo.

Abaixo a Reforma do Ensino Médio!

Abaixo a PEC 55/241!

Abaixo a Lei da Mordaça!

Nenhuma criança fora da escola, nenhum jovem fora da universidade, nenhum brasileiro analfabeto!

Contra a municipalização do ensino! Por mais Escolas Técnicas Federais!

Pelo não pagamento da dívida pública interna e externa! Todo dinheiro necessário para a educação!

Contra os cortes na educação: Nenhuma escola pública deve fechar as portas!

Pelo fim da administração das escolas pela Polícia Militar!

Pelo respeito ao direito de livre organização do movimento estudantil! Abaixo à repressão!

Por passe-livre estudantil, tarifa zero e uma empresa pública de transporte!

Pelo fim do vestibular! Educação Pública e Gratuita para todos em todos os níveis já!

Fora Temer e o Congresso Nacional!

0 Responses so far.

Postar um comentário