Foto: Coletivo Metranca

Fomos às ruas na última quarta-feira (22/01) para lutar contra o aumento da tarifa, por uma empresa pública de transporte e pela tarifa zero. E na próxima manifestação (29/01) teremos mais um grito a entoar: “Abaixo a repressão!”. 

A polícia nos mostrou mais uma vez para quem ela trabalha. O Prefeito Udo Dohler não se pronunciou sobre os atos, nem sobre o aumento da tarifa, concedido por ele, e que entrou em vigor no dia 11 de janeiro. Mas, se encarregou de manter a ordem na cidade. Vimos helicóptero, cavalaria, corpo de bombeiros e policiais bem armados fazendo a escolta da manifestação.

Mesmo sem conforto direto, a intimidação era enorme em torno dos que protestavam pelos seus direitos. Os estudantes já estão acostumados com isso. Dentro das escolas, sofremos intimidações da direção, que, direcionadas pelo governo, impede os alunos de construírem um grêmio estudantil. O mesmo governo que barra a entrada da UJES nas escolas. E o mesmo governo que nos intimida ao protestar nas ruas da cidade. 

Manter a ordem significa colocar uma “rédea” na população. Vendar os olhos, para não ver o quanto estamos sendo enganados. A Gidion e Transtusa roubam nosso dinheiro há anos, e o governo, também há anos, acoberta essas empresas, ao invés de estar a favor do povo. 

Os que se manifestam, são aqueles que “quebram a ordem”. Que saem as ruas para mostrar que não estamos satisfeitos. E ganhamos em troca, a repressão da polícia. Após a manifestação, três manifestantes foram presos, e um agredido pela PM de Joinville, sem motivo algum. 

Não podemos deixar que a repressão impeça-nos de ir às ruas. Não iremos nos calar enquanto não tivermos nosso direito de protestar concedido, e continuaremos nas ruas, enquanto nossas reivindicações não sejam atendidas.

Dayane de Oliveira Pacheco
Diretora de Imprensa da UJES

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