Foto: Coletivo Metranca 

Nesta quarta-feira, dia 29/01, retornamos às ruas mais fortes, não só pelo aumento da passagem que tem sido nosso principal combate até aqui, mas agora também com outra motivação, viemos para lutar contra a repressão e mostrar que, ao contrário de nos enfraquecer, ela só nos une e fortalece. 

No último texto da UJES, sobre a manifestação do dia 22/01 (quarta-feira) anunciamos que o próximo ato, organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) aconteceria no dia 30/01 (quinta-feira), porém o ato foi marcado para a quarta-feira (29/01).

Desculpe-nos o engano.

Atenciosamente,

Direção da União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas - UJES


Foto: Coletivo Metranca

Fomos às ruas na última quarta-feira (22/01) para lutar contra o aumento da tarifa, por uma empresa pública de transporte e pela tarifa zero. E na próxima manifestação (29/01) teremos mais um grito a entoar: “Abaixo a repressão!”. 

A polícia nos mostrou mais uma vez para quem ela trabalha. O Prefeito Udo Dohler não se pronunciou sobre os atos, nem sobre o aumento da tarifa, concedido por ele, e que entrou em vigor no dia 11 de janeiro. Mas, se encarregou de manter a ordem na cidade. Vimos helicóptero, cavalaria, corpo de bombeiros e policiais bem armados fazendo a escolta da manifestação.

Foto: Coletivo Metranca
Na última quarta-feira, dia 15, o joinvilense foi às ruas novamente para gritar contra o aumento da tarifa do ônibus e contra a concessão da prefeitura para as empresas Transtusa e Gidion.

Nossa marcha saiu da Praça da Bandeira para protestar pelo centro da cidade, chamando a atenção dos motoristas, da imprensa e mostrando para a prefeitura que não sossegaremos até nossas reivindicações forem acatadas. 

A nova tarifa entrou em vigor no último sábado, dia 11, e lesa, desde o princípio do ano, o trabalhador, que sente o preço elevado, e o estudante, que ainda não voltou às aulas, mas também já sente seu bolso pesar quando tem de pagar o transporte coletivo.


No próximo dia 22 de janeiro (quarta-feira), estaremos de volta às ruas de Joinville para lutar pelo direito do Passe Livre. Lutemos por uma empresa Pública de Transporte. Pela Tarifa Zero.

Francisco Aviz
Membro da Direção da UJES

Escola Conselheiro Mafra, interditada em 2012
Fechamos o ano ainda com escolas interditadas e abandono das escolas fechadas em Joinville. O Governo do Estado abre as primeiras perspectivas com o recesso escolar e o início da manutenção das escolas mais precárias.

Mesmo assim, não há um grande esforço para a melhoria das escolas até o início do ano letivo. Ainda é cedo para saber se teremos o mesmo transtorno de escolas interditadas já no início o ano. A Vigilância Sanitária começará as vistorias em fevereiro e, sem dúvida, não terá tempo de fazer nem o necessário nas 42 escolas estaduais em Joinville.

Como prioridade, a manutenção começará com as escolas interditadas, ou parcialmente interditadas, e as quatro escolas que implantarão o ensino médio inovador.

Escolas Interditadas

Entre as escolas com situação mais precária estão: Osvaldo Aranha, Plácido Olímpio de Oliveira, Annes Gualberto e Maria Amin Ghanem.

O Colégio Osvaldo Aranha, interditada em 2012, ainda está com as obras em andamento. Os estudantes estão estudando provisoriamente no Anhanguera, e ainda não sabem se voltam a escola em 2014.

A Plácido Olímpio de Oliveira não será aberta para o início das aulas, e os alunos terão o transtorno de estudar na escola Léa Lepper, já cedida em 2013 para o Annes Gualberto, que está parcialmente interditada, e fechou 2013 ainda com estudantes na Acessoritec.

A escola Maria Amin Ghanem também está em reforma. Ainda parcialmente interditada, precisa de reformas de emergência para abrir as portas em 2014.

O destino das escolas fechadas: Conselheiro Mafra e Monsenhor Scarzello

Os estudantes das escolas fechadas Monsenhor Scarzello e Conselheiro Mafra foram os mais prejudicados. Na centenária Conselheiro Mafra os alunos matriculados estudarão paralelamente com o funcionamento do IFSC no local. O número de matriculados caiu para menos da metade e os alunos estão se deslocando, inconformados com o fechamento da escola e com o transtorno que passaram durante o ano letivo, que funcionava, parte no Conselheiro, parte na ACE.

O Monsenhor Scarzello, depois de quase cedida para a Ajorpeme, será municipal. Depois de várias manifestações dos estudantes, mobilizações da UJES e dos moradores, a SDR voltou atrás. A escola ainda não tem previsão de abertura.

Ensino Médio Inovador e Construção de novas Escolas

O ensino inovador engloba a reforma dos colégios Arnaldo Moreira Douat, Tufi Dippe, Jandira D’Ávila e Nagib Zattar, que receberão instalação de laboratórios, auditórios e quadras cobertas. Além das novas escolas do Parque Guarani e Vila Nova, que começarão as obras em 2014.

O papel da nova gestão diante do descaso do Governo do Estado para com a Educação

Lutamos pela educação pública, gratuita e de qualidade para todos. A última gestão fez um papel de luta, com manifestações, denúncias, campanhas e reuniões. Com a nova gestão não será diferente. Com a construção de grêmios, o contato com os estudantes será ainda melhor. Começaremos o ano letivo como sempre começamos: incentivando, participando e organizando a luta dos estudantes.
O Governo Colombo prometeu muito para a educação, mas não vimos nada de concreto até agora. Em 2013, a UJES apresentou uma lista de reivindicações dos estudantes para o Governo do Estado, e a mesma foi deixada de lado, assim como todas as reivindicações pela melhoria na educação.


Por isso, não esperaremos. A situação das escolas públicas só melhorará se nos organizarmos para que o dinheiro público seja investido nos serviços públicos, e que as escolas tenham estrutura e planejamento adequado para a garantia da educação a todos os estudantes.

Dayane de Oliveira Pacheco
Diretora de Imprensa da UJES