Veja o gráfico do aumento da tarifa do transporte coletivo 

O pedido de 12% de aumento na tarifa do transporte coletivo feito pelas empresas Gidion e Transtusa à prefeitura de Joinville é absurdo. Como noticiou o Jornal A Notícia, os empresários querem o dobro da inflação. O jornal também cogita a possibilidade que o reajuste seja a inflação. Isso deixaria o preço da passagem de R$ 2,75 para R$ 2,90, antecipada e embarcada pode subir de R$ 3,10 para algo em torno de R$ 3,25. 

Outro absurdo, pois ao compararmos a inflação de 1996 até 2012 à tarifa está cerca de 200% acima do seu preço real. Ou seja, mesmo que o prefeito Carlito Merss conceda somente a inflação, o preço da passagem estará muito longe da realidade. 

Além disso, a cidade passou esse ano por três Audiências do Transporte Coletivo, estamos discutindo a mudança nesse serviço. Não seria mais prudente deixarmos qualquer discussão, sobre aumento ou não aumento, para quando esse período encerrasse? Afinal, temos outros elementos importantes nesse debate que nos levam a não aceitar nenhum reajuste. 

Em entrevista concedida ao jornal dos estudantes de Jornalismo do Bom Jesus Ielusc, Primeira Pauta, o chefe de gabinete Eduardo Dalbosco e Vladimir Tavares Constante, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville (IPPUJ), dão declarações sobre controle precário do poder público sobre valor da tarifa. Segundo Dalbosco, há uma zona cinzenta de informações que onera o sistema como um todo. Já Constante diz que a prefeitura fica refém das informações das empresas que prestam serviço. 

Podemos acrescentar ainda o fato de que as empresas tem concessão para o transporte regular, mas atuam no transporte diferenciado. Levam os trabalhadores para as empresas e os estudantes para as escolas. Outro grande problema, pois o dinheiro ganho com esse serviço não entra no cálculo da tarifa. Isso colabora para que as empresas solicitem valores altos nas passagens. 

Afinal, os empresários se utilizam da mesma estrutura do transporte regular: a garagem, os motoristas, mecânicos e às vezes até os ônibus são os mesmos. Podendo até estar custeando a manutenção e o pessoal também pela tarifa do sistema público. 


Um novo modelo de transporte


A união Joinvilense dos Estudantes Secundaristas (Ujes) acredita que esses argumentos são suficientes para que o prefeito atual não conceda um novo aumento. Acreditamos que o grande problema do transporte em Joinville é o fato de ele ser um serviço privado, pois além de pagarmos o serviço estamos pagando pelo lucro dos empresários. Nossa defesa é que haja uma única empresa na cidade pública administrada pela prefeitura de Joinville. 

Convocamos todos os estudantes, pais, professores para a manifestação para dia 20 de dezembro, às 17h30, em frente à Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR). Vamos protestar contra a destruição dos serviços públicos e contra qualquer reajuste da tarifa do transporte coletivo.

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  1. Fonte do gráfico, agora atualizado com o último aumento: http://www.nozarcao.blogspot.com.br/2013/01/grafico-do-aumento-da-tarifa-de-onibus.html

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