O 15º Congresso da União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas (Conujes) acontecerá no dia 04 de junho e vai debater os principais problemas que afetam a juventude, bem como a forma de atuação da entidade em luta pelos direitos dos estudantes e trabalhadores.

A União Joinvilense de Estudantes Secundaristas (Ujes) nasceu em 1963, mas foi logo desmobilizada pela ditadura militar, que chegou a queimar sua sede. As atividades foram retomadas somente a partir de 1986, quando um congresso de refundação foi convocado.

Em 1992 a Ujes desempenhou um papel fundamental na organização do “Fora Collor”. Foi a maior mobilização que a cidade havia visto até então. No mesmo ano foram construídos grêmios em quase todas as escolas da cidade.

Esse período de reconstrução se estendeu até 1995. A partir de então, a Ujes passou a dirigir lutas estudantis em conjunto com a classe trabalhadora, chegando a ganhar um espaço na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte).  A principal bandeira dessa época era o meio passe estudantil, que mais tarde passou à luta pelo passe livre. As maiores manifestações da história recente de Joinville, relacionadas ao transporte público, em 2003, foram resultado desse trabalho.

 Os anos de combate se estenderam até 1999 quando a entidade, dirigida por partidos com posições antagônicas aos ideais de fundação da Ujes, passou à inatividade. Esse processo de destruição do movimento estudantil só se reverteu em 2005, no 12º Conujes.

Atualmente, a entidade estudantil da maior cidade de Santa Catarina vive o compromisso de sua fundação e está no combate pela reconstrução dos grêmios estudantis em todas as escolas, na defesa do passe livre e contra a destruição da educação pública.  Outro objetivo é a reaproximação da Ujes ao Sinte, forma de unir novamente os estudantes e trabalhadores em busca de seus direitos.

A história da Ujes e o momento histórico que vivemos dá ao Conujes desse ano uma grande importância. A crise do capitalismo afeta jovens e trabalhadores do mundo inteiro. Mas a revolução árabe e as manifestações que ocorreram em Madison, nos Estados Unidos, mostram-nos que a classe operária está disposta e enfrentar esse período e derrubar esse sistema, que já está podre há muito tempo.  É hora de preparação para o que está por vir. Essa é a tarefa do 15º Conujes. 

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