Os estudantes de Joinville estão sofrendo com a falta de investimentos por parte do governo na E. E. M. Gov. Celso Ramos. Eles têm de comprar seus livros didáticos de inglês.
O preço para comprar o livro é de R$ 50,00, quem não adquirir o livro estará sendo prejudicado por não ter acesso a todo o conteúdo que será trabalhado durante o ano letivo.
Isso é um absurdo, pois já pagamos impostos para recebemos recursos didáticos para a educação, ou seja, ninguém tem o direito de fazermos pagar por algo que já pagamos.
A União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas (UJES) é contra qualquer tipo de comercialização da educação. Somos o sindicato dos estudantes, chamamos todos os estudantes a se organizarem para lutar por seus direitos e vamos apoiar qualquer ato ou reivindicação que necessitarem, pois é direito de todos uma educação pública, gratuita e de qualidade!
Luiz Souza – Vice-Presidente da Ujes.




A Ujes teve a oportunidade na última sexta-feira de reunir-se com a gerente de educação Clarisse Portella e sua equipe. Segue a declaração da Ujes a respeito de alguns dos temas debatidos na reunião:

O ano não começou bem para os estudantes de Joinville. Nas escolas João Colin, Conselheiro Mafra e Dom Pio, os turnos noturnos foram fechados. A Gerência Regional de educação argumenta que as matrículas não atingiram o mínimo estipulado de 120 estudantes, e que por isso, os turnos se manterão fechados e os estudantes terão que estudar em outras escolas, próximas a suas casas. Também diz que a maioria dos estudantes “não são trabalhadores e têm menos de 18 anos de idade”, e que por isso deveriam estudar nas escolas de seus bairros e principalmente no turno matutino. Haviam se matriculado para o turno noturno no João Colin: 65 estudantes, no Conselheiro Mafra 57, e 49 no Dom Pio.

A opinião da Ujes é de que a Gerência de Educação não está levando em conta, a qualidade do ensino, nem as necessidades dos estudantes. A evasão no ensino médio segundo a própria Gerência é de 46% e qual é a política do Estado em relação a esse número assustador?

Diminuir as facilidades de acesso e a permanência a escola, fechar turnos, diminuir as opções para os estudantes. Ainda se deve levar em conta que as escolas de periferia têm o turno diurno com salas de aula lotadas com 35, 45 estudantes, o que o Estado propõe é lotá-las ainda mais.

A atitude correta deveria ser contratar professores, investir em infra-estrutura, abrir turmas com 10, 15 alunos se fosse o caso, mas garantir o acesso a uma educação pública gratuita e de qualidade. Mas o Estado está preocupado é em cortar gastos. A Ujes defende que o Estado amplie os investimentos para uma educação pública gratuita e de qualidade.

Para piorar, quase todas as escolas de Joinville estão com falta de professores, a Gerência argumenta que “os pais dos estudantes deixam para fazer a matrícula de seus filhos na última hora, entre final de janeiro e fevereiro” e que “muitos professores desistem de suas vagas e muitos outros estão se aposentando”, ainda coloca que se deve aguardar a decisão a respeito dos novos diretores de escola, já que estes são indicados pelo governo e esse ano tem a troca no governo do Estado, isto porque alguns dos diretores ainda estão contratados como professores.

Para a Ujes fica evidente que o problema é a contratação de professores e ainda o incentivo a esta profissão. O governo não valoriza o professor, o salário e as condições de trabalho são péssimos. Então a culpa é do pai que espera para matricular o filho? O governo não faz idéia de quantos estudantes vão estudar no próximo ano?

Para nós essa situação é um reflexo da falta de investimento e do descaso com a educação. Isso não pode acontecer, queremos educação pública gratuita e de qualidade.

Diretoria da União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas.