No dia 20 de abril de 2010 ocorreu um ato “diferente” pela quadra de esportes na Escola de Ensino Básico João Rocha, os estudantes jogaram futebol e vôlei com materiais de proteção para evitar acidentes devido às péssimas condições da quadra. O ato foi organizado pelo Grêmio Estudantil J.R que vem organizando várias lutas dos estudantes de sua escola e se organizando juntamente com a União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas - Ujes.

Para a presidente do Grêmio, Juliana Marymom, essa é uma forma mais criativa de organizar uma manifestação, porém esse é só o início da luta e formas mais comuns de atos ocorrerão. “Estudo nessa escola há oito anos e nada foi feito além de uma reforma que aconteceu no último período eleitoral. Esse ato serviu para marcar o início dessa luta e vamos cobrar do governo juntamente com a Ujes e outras escolas da cidade. Não podemos aceitar esse descaso com a educação pública.”


Imprevisto


No período noturno os estudantes colocaram velas ao redor da quadra e jogaram com lanternas e luzes diversas. “Nós não temos uma quadra coberta, o que impede de jogar nos dias de chuva e à noite nenhum estudante pode jogar futebol, vôlei ou basquete porque não temos iluminação”, relata Juliana.

O ato ocorria normalmente até o momento em que o estudante Nome se acidentou e quebrou o braço. Iago Paqui, diretor da Ujes, participava da manifestação e explicou que acidentes acontecem, mas podem ser evitados e o fato ocorrido no jogo é um exemplo: “Precisaríamos manifestar nossa indignação se houvesse uma quadra decente, coberta e com iluminação?”.

Juliana completou com o poema, de Bertold Brecht, que diz que “Do rio que tudo arrasta se diz que é violento, mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem”.


Bandeira de Luta


O Grêmio estudantil J.R. vai continuar as mobilizações pela quadra de sua escola e entende a importância de se organizar em conjunto com a Ujes na defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Essa é a principal bandeira de luta da entidade nesse ano e vem agregando estudantes de toda a cidade. “A juventude precisa perceber que este não é um fato isolado da Escola João Rocha, pois na verdade é somente o reflexo do descaso com a educação pública no Brasil. Só conseguiremos vencer esse combate nos organizando em nossas entidades e lutando por nossos direitos”, completou Iago.



Evandro Colzani, militante da Esquerda Marxista do PT.


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