No dia 24 de novembro, na escola Presidente Médici, foi realizado o 14° congresso da UJES.

Reunindo estudantes das escolas Tufi Dippe, Presidente Médici, Paulo Medeiros, Juracy Brosing e João Rocha, representando cerca de 5 mil estudantes. O congresso da União Joinvilense dos estudantes secundaristas (UJES) afirma seu compromisso de luta pela escola pública gratuita e de qualidade e pelo socialismo.

Histórico da UJES

A Ujes foi fundada em 1963, para defender os interesses dos estudantes secundaristas. Com o golpe militar de 1964, a entidade foi impedida de funcionar. Seus dirigentes foram perseguidos e sua sede tomada. Os grêmios estudantis foram substituídos por centros cívicos, que eram atrelados as direções das escolas e por isso impediam os estudantes de lutar.

Em 1986, a Ujes foi reconstruída, estudantes das escolas Tufi Dippe, Celso Ramos, Rui Barbosa, CIS, Presidente Médici e Jorge Lacerda reorganizaram a UJES, convocando seu congresso de re-fundação.

Decisões do Congresso

O congresso discutiu a pressão feita pelas direções das escolas para organizar os grêmios. Segundo os estudantes, as direções querem organizar grêmios para cobrar as taxas, pintar a escola ou reformá-la, para dar aula de reforço ou até no lugar dos professores. “Isso é um absurdo!”, afirma Mayara Colzani, “querem transformar os grêmios em centros cívicos. Despolitizados e sem nenhum compromisso de luta”.

A Ujes definiu sua concepção de grêmio como um sindicato. Isso significa que seus projetos são voltados à conscientização, organização e a mobilização. “Devemos mostrar a todo o estudante que a única saída é a organização e a luta”, afirma Johannes Halter. Para ele, não podemos pagar taxas, nem arrecadar dinheiro para escola, “isso significa deixar o governo agir livremente dando nosso dinheiro aos bancos”.

O congresso elegeu a nova diretoria e aprovou uma moção contra a guerra e contra o golpe de Honduras. Segundo Iago Paqui, “a Ujes é um organização que defende o direito de cada povo escolher seu futuro. Não podemos concordar com o golpe de Honduras e nem com a guerra no Haiti.”

Congresso da UJES Congresso da UJES

Congresso da UJES

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