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Cerca de 300 estudantes da Escola de Educação Básica Presidente Médici, no bairro Boa Vista, protestaram na manhã desta sexta-feira contra o aumento de 12,2% nas tarifas do transporte coletivo. Estudantes do ensino médio paralisaram os estudos e se aglomeraram no pátio do colégio, onde representantes do Grêmio Estudantil e da Frente de Luta pelo Transporte Público coordenaram a ação.
Johannes Halter, estudante de 17 anos, é presidente do Grêmio Estudantil do colégio há cerca de 6 meses. Para ele, somente com manifestações organizadas e a convocação dos estudantes, é possível conscientizar a população sobre os aumentos injustos. “Os políticos não vêem pessoas. Eles vêem votos. Então que sintam a pressão dos estudantes eleitores”, desafia.
João Diego Leite, 21 anos é acadêmico de jornalismo, estava representando a Frente pela Luta pelo Transporte Público. Ele conta que o movimento existe há vários anos, mas que em 2003 tomou força com os constantes aumentos na passagem. “Esperamos chamar a atenção das pessoas para que elas se integrem ao movimento, que é legítimo e tem autonomia própria para parar as escolas”.

Mais manifestações pipocam pela cidade Ainda na manhã desta sexta-feira, outra manifestação aconteceu em frente ao Colégio Estadual Paulo de Medeiros, no Adhemar Garcia. Ali, um grupo de pouco mais de 20 estudantes, com gritos de ordem convocaram os alunos que estavam nas salas para comparecerem ao ato programado para a próxima segunda feira em frente à prefeitura.
A estudante Mayara Inês Colzani, de 16 anos, apesar da aparência franzina era quem comandava o grupo. Ela conta que faz parte do movimento estudantil desde os 13 anos e agora é a presidente do Grêmio Estudantil do colégio. Mayara argumenta que “os pais pagam bancam os custos dos filhos e isso não é justo com eles. Com isso, outros estudantes trabalham para pagar seu transporte”.
Apesar da movimentação, a diretora do colégio não liberou a saída dos alunos e criticou o movimento. “Não é um grêmio atuante. E agora querem se manifestar.” Ela não descartou a possibilidade de chamar a polícia, caso estudantes menores de idade pulem o portão para se juntar aos manifestantes.
A estudante Mayara rebateu as críticas: “Esta é uma demonstração de atuação do nosso grêmio. Os alunos precisam de nós!” finaliza.
Moradora das imediações da escola, dona Maria Conceição de Oliveira acompanhava a movimentação dos estudantes e opinou que eles estão certos. “Têm que se manifestar. Meus filhos também pagam ônibus e se não fizerem nada o que vai ser de nós?”.


postado por Redação Gazeta de Joinville às 09:44 em 15/05/2009

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