Alunos e professores prometem manter-se mobilizados na busca de uma alternativa que garanta os direitos e dignidade de alunos e professores, bem como a recuperação qualitativa do ensino.Por Rodrigo Andrade

Na última sexta-feira uma manifestação de estudantes e professores sacudiu a Escola Estadual Vieira de Moraes, na Cidade Dutra, extremo sul de São Paulo. Em todos os períodos foi declarada greve que, segundo os estudantes, foi amplamente apoiada, não tendo havido aula em nenhum dos turnos.

Sindicalistas e um carro de som da APEOESP apoiavam o ato, que pediu a saída da diretora da unidade, Elaine Feitosa, por atos de arbitrariedade, tanto contra alunos como contra professores, malversação de verba pública, humilhações públicas contra professores, desrespeito à livre escolha dos professores nas atribuições da aula, proibição da abertura de grêmio estudantil na unidade de ensino, bem como pela precarização na administração, que tem cooperado para uma queda na qualidade do ensino na escola, para não dizer sucateamento, considerada uma das melhores da região. Esta última já tão característica dos governos neoliberais do PSDB, assim como o nivelamento por baixo do ensino público, estampado na criação das famigeradas cartilhas, que os alunos e professores também repudiam.

À noite, o ato pacífico contava com cerca de 300 pessoas e teve a participação, inclusive, de pais de alunos insatisfeitos também com a situação atual. Os participantes pediam a presença de Feitosa, que, segundo os alunos, tratou de taxar os manifestantes de baderneiros e reduzir sua causa “ao direito de chegar atrasado”, por conta da reclamação de professores que foram dispensados do dia de aula “por chegarem dois minutos atrasados”. Foram realizadas diversas falas evidenciando as exigências de alunos, pais e professores, e também o enterro simbólico da administração Feitosa.

Cabe ressaltar que, apesar do ímpeto de promover a greve, não havia piquete nos portões da escola, sendo a adesão dos estudantes ao ato, espontânea.

No entanto, o ato deste dia 13 de novembro não é o primeiro. Por inúmeras vezes alunos e professores tentaram dialogar sem sucesso com a direção, que se valeu da burocracia para emperrar os processos.

Em carta aberta o professor Luciano Paz de Lira cita diversas situações e tentativas de diálogo sem sucesso, passadas desde o começo do ano letivo, reiterando-a depois em carta à direção, datada de 2 de setembro de 2009.

Alunos e professores criaram um blog sobre a escola, onde relatam a situação, as experiências, os atos, publicam cartas, manifestos e realizam discussões on-line.

Uma primeira manifestação foi realizada em 10 de março, segundo os estudantes, por conta da direção se negar a dar assistência a uma aluna que se sentia mal. A diretora não só negou a assistência como chamou a polícia para conter as manifestações. Após as ações, vários alunos foram ameaçados de transferência e expulsão, e foi pensada a organização estudantil através de um grêmio, que também foi impedido pela direção, sob a alegação de que “só maiores de idade podem realizar a organização através de associações”, ou seja, alunos de ensino médio não teriam direito de organizar um grêmio.

Após as atividades, que terminaram por volta de 20h30, alunos e professores prometeram manter-se mobilizados e em luta, na busca de uma alternativa que garanta os direitos e dignidade de alunos e professores, bem como a recuperação qualitativa do ensino na Escola Estadual Vieira de Morais.


Fonte: http://passapalavra.info/?p=15192


Fábio Ramirez
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O governo do PSDB e seus aliados no Estado de SP têm organizado uma verdadeira jornada contra a livre organização do movimento estudantil nas escolas estaduais, além de permitir a ilegal cobrança de taxas no ensino público.

A direita não perde tempo: utiliza-se de todos os mecanismos para impedir que os trabalhadores e a juventude lutem por melhor qualidade de vida, por mais educação, saúde e trabalho. O governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), nobre representante dessa linhagem, cumpre a regra e ataca a educação pública e gratuita bem como os jovens.

O Secretário de Educação do Estado de SP, Paulo Renato, tucano da era FHC, tem orientado as diretorias e os coordenadores a impedirem a livre organização dos estudantes. Disfarçando-se atrás de uma fachada democrática, a Secretaria de Educação tem orientado aos diretores que eles mesmos, através da administração da escola, montem o grêmio estudantil, escolhendo os seus membros e o que eles podem ou não fazer, e desta forma impedir que o movimento estudantil se organize por si só.

O Grêmio formado pela direção da escola tem um claro objetivo: se tornar o braço da administração no meio dos estudantes.

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CLEP-CEDEP





Campanha de solidariedade contra a repressão ao movimento estudantil no México.

A crise econômica empurrou ao desespero o governo de Calderón. As finanças do Estado estão sofrendo como nunca, refletindo-se nos maiores ajustes e cortes de gastos públicos, especialmente naqueles itens relacionados com as necessidades das famílias trabalhadoras da cidade e do campo. Esta política de ajuste e cortes provocou uma forte inquietude entre os estudantes, professores e trabalhadores da educação pública, pois vêem como suas condições de estudo e trabalho se deterioram dia a dia, fazendo que o fermento deste descontentamento seja cada vez mais evidente.

Em particular nas universidades públicas existem níveis de tensão que põem na ordem do dia a enorme ocorrência de importantes manifestações de repúdio contra as políticas de Calderón e das autoridades universitárias, motivando essas últimas a impulsionar medidas reacionárias, que tratam de impedir a todo custo que o descontentamento se transforme em lutas abertas em defesa da educação pública e dos direitos trabalhistas. Agora pretendem transformar a perseguição e o assédio em uma constante contra todos aqueles que se atrevam a levantar a voz contra os ataques à educação.

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Dia 05 de novembro de 2009 foi realizada eleição para a nova diretoria do Grêmio Estudantil da Escola Presidente Médici. Entre as diversas chapas que concorreram os estudantes escolheram uma para lhes representar políticamente e defender suas reivindicações.
Foi uma grande vitória para o movimento estudantil de Joinville, com a eleição da chapaMovimento dos Estudantes do Médici para a gestão 2009-2010 da diretoria da entidade, que se propõe ao compromisso nas lutas dos estudantes como afirmou a Vice-Presidente Vanessa Moreira dos Santos: "Estamos aqui para lutar e defender as reivindicações dos estudantes, é muito importante estarmos unidos na caminhada que iremos ter agora".
Representantes de várias entidades estudantis acompanharam as eleições, como a União Joinvillense dos Estudantes Secundaristas, o Grêmio Estudantil da Escola Tufi Dippe, Grêmio Estudantil da Escola Paulo Medeiros; se reafirmou a luta contra os problemas de toda a juventude, de forma organizada e livre, com a força de toda a classe trabalhadora de Joinville.

No dia 24 de novembro, na escola Presidente Médici, foi realizado o 14° congresso da UJES.

Reunindo estudantes das escolas Tufi Dippe, Presidente Médici, Paulo Medeiros, Juracy Brosing e João Rocha, representando cerca de 5 mil estudantes. O congresso da União Joinvilense dos estudantes secundaristas (UJES) afirma seu compromisso de luta pela escola pública gratuita e de qualidade e pelo socialismo.

Histórico da UJES

A Ujes foi fundada em 1963, para defender os interesses dos estudantes secundaristas. Com o golpe militar de 1964, a entidade foi impedida de funcionar. Seus dirigentes foram perseguidos e sua sede tomada. Os grêmios estudantis foram substituídos por centros cívicos, que eram atrelados as direções das escolas e por isso impediam os estudantes de lutar.

Em 1986, a Ujes foi reconstruída, estudantes das escolas Tufi Dippe, Celso Ramos, Rui Barbosa, CIS, Presidente Médici e Jorge Lacerda reorganizaram a UJES, convocando seu congresso de re-fundação.

Decisões do Congresso

O congresso discutiu a pressão feita pelas direções das escolas para organizar os grêmios. Segundo os estudantes, as direções querem organizar grêmios para cobrar as taxas, pintar a escola ou reformá-la, para dar aula de reforço ou até no lugar dos professores. “Isso é um absurdo!”, afirma Mayara Colzani, “querem transformar os grêmios em centros cívicos. Despolitizados e sem nenhum compromisso de luta”.

A Ujes definiu sua concepção de grêmio como um sindicato. Isso significa que seus projetos são voltados à conscientização, organização e a mobilização. “Devemos mostrar a todo o estudante que a única saída é a organização e a luta”, afirma Johannes Halter. Para ele, não podemos pagar taxas, nem arrecadar dinheiro para escola, “isso significa deixar o governo agir livremente dando nosso dinheiro aos bancos”.

O congresso elegeu a nova diretoria e aprovou uma moção contra a guerra e contra o golpe de Honduras. Segundo Iago Paqui, “a Ujes é um organização que defende o direito de cada povo escolher seu futuro. Não podemos concordar com o golpe de Honduras e nem com a guerra no Haiti.”

Congresso da UJES Congresso da UJES

Congresso da UJES

O congresso da União Joinvillense dos Estudantes Secundaristas ocorrerá neste dia 24 de outubro das 14h as 19h. Reunirá estudantes de diversas escolas de Joinville, convidados e delegados para o congresso. Serão discutidos temas pertinentes ao interesse dos estudantes de Joinville e o rumo que a luta dos estudantes na cidade tomará para o próximo período.

Todo estudante secundarista de Joinville está convidado a participar deste XIVº Congresso da Ujes, presenciar este processo histórico que definirá o rumo da luta dos estudantes, as reivindicações, discutir sobre os problemas dos estudantes. Decidir qual será o posicionamento perante a atual situação da luta, com crises, destruição da educação pública, falta de infraestrutura, bibliotecas, quadras, laboratórios, professores, investimentos do estado.

Por um futuro de verdade para todo jovem, do giz que falta na sala até a luta por uma sociedade mais justa e sem diferenças.

Data: 24/10/2009
Horário: 14:00 às 19:00 horas

Credenciamento dos Delegados: 23/10, 14:00 às 19:00.

Informações comissão eleitoral: Johannes (47) 88592435
Maiara (47) 84130589
Aline (47) 21013250
ujesjlle@gmail.com

A União Joinvilense de estudantes secundaristas (UJES) é uma entidade fundada em 1964, para defender os interesses dos estudantes secundarista na luta pela educação pública e de qualidade. Logo após a sua fundação, a UJES foi impedida de funcionar, pois o golpe de 64 impedia todas as entidades estudantis de funcionar. Seus dirigentes foram perseguidos e sua sede tomada – Aqui registramos um crime nunca reparado, pois até hoje a UJES não recuperou sua sede.

Em 1986, a UJES foi reconstruída, estudantes de várias escolas, como Tufi Dippe, Celso Ramos, Rui Barbosa, CIS, PresidenteMédici e Jorge Lacerda reorganizaram a UJES, convocando seu congresso de refundação.

Em 1992, a UJES teve um papel fundamental na organização do Fora Collor, que teve a maior mobilização que nossa cidade já viu e foram os estudantes juntamente com a UJES, que foram os protagonistas desse evento histórico.

Ainda, em 1992, a UJES levou uma campanha de construção de grêmios livres nas escolas. Com essa campanha foi construído grêmios em quase todas as escolas da cidade.

Hoje a atual direção da UJES, tem compromisso de sua fundação. Também compreendemos que nossa luta não pode se limitar somente à educação de qualidade, pois ela em si, não resolveria todos os problemas.

Por isso, temos convicção de que a UJES, deve junto aos movimentos sociais combater pela construção de uma sociedade socialista, na qual não somente a educação pública seria uma realidade, mas também a saúde, emprego etc.



Declaração da Diretoria da UJES 2008

Ujes presente reforçando a união dos estudantes na sua luta por uma educação pública gratuita e de qualidade para todos, reunindo os estudantes de toda a cidade para combater de forma ampla pelas revindicações dos estudantes.





Realizada na Escola Presidente Médici com o Grêmio Estudantil, convocando eleição para o próximo periodo de 2010.

Fábio Ramirez



O dito 'fim do vestibular' anunciado pelo Ministro da Educação Fernando Haddad e apoiado fervorosamente pela UNE e UBES, não passa de uma fraude.

No projeto apresentado pelo governo, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) se tornaria o exame substituto ao vestibular em todas as universidades federais. Em vez dos alunos prestarem uma prova específica da instituição no qual almejam estudar, prestaria o ENEM.

Assim, o governo anuncia o fim das provas locais de seleção como sendo o fim do vestibular, mas “esquece” de avisar aos jovens que o funil continuará existindo porque não está se criando uma só nova vaga! “Esquece” de avisar aos jovens que a maioria esmagadora deles continuará fora da universidade.

O vestibular vai acabar?

Na prática o vestibular não irá acabar e em vez dos jovens serem barrados pelo dito vestibular, serão barrados agora pelo novo ENEM! Nada muda. Antes os cursinhos lucravam com a má qualidade do ensino fundamental e anunciavam na TV e no rádio orgulhosamente os primeiros colocados no vestibular, e agora anunciarão os primeiros colocados no ENEM. Trocaram-se os nomes dos bois, de vestibular para ENEM, mas o boi não deixou de ser boi.

Toda a falácia do governo tem um objetivo: tentar amenizar a constante e crescente pressão por mais vagas na educação pública superior. O aumento de vagas nas universidades públicas é praticamente insignificante frente à imensidão do número de jovens que não estuda porque não tem vaga. ->[leia mais]



O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) anunciou que o governo gastou entre 2000 e 2007, cerca de R$ 1, 268 trilhão, em juros da dívida pública. Enquanto o investimento em educação e saúde, no mesmo período, foi de apenas 43,8%. Os gastos com a dívida pública chegam a 8,5 vezes mais, que o investido em educação. Segundo o IPEA, esses gastos são: "improdutivo, pois não gera emprego e tampouco contribui para ampliar o rendimento dos trabalhadores.

Isto mostra claramente que nós estudantes somos ignorados e tratados como “gastos improdutivos” pelo sistema capitalista, isto gera uma série de problemas que enfrentamos em nosso dia a dia, como, interdição nas escolas, falta de infra-estrutura para estudarmos, desvalorização de professores, falta de transporte para chegar à escola, e um futuro incerto, precarizando cada vez mais a educação de milhões de estudantes brasileiros.

Todos estes fatos nos parecem bem atuais, mas são lutas históricas dos brasileiros, dos mais diversos cantos do país, que nos mais diversos momentos da história viram o sistema capitalista dando o dinheiro que poderia estar sendo aplicado para a educação pública indo para os banqueiros e grandes empresários, na ditadura podemos citar os bravos estudantes que mesmo sobre toda a repressão e censura do estado ditatorial que proibia a organização e mobilização dos estudantes eles sim se mobilizaram e organizaram a luta pelos seus direitos, direitos a livre expressão, livre organização, pela universalização do ensino entre tantas outras lutas pela educação e direitos, e graças a estes e outros tantos bravos brasileiros hoje temos direitos conquistados.

Entretanto isto não quer dizer que eles não possam ser retirados de nós, a todo o momento são realizados atentados contra a educação pública e nossos direitos, já que ela não dá lucro aos cofres públicos, o mesmo sistema que retira os direitos da população, que priva o jovem do conhecimento, que nos períodos de crise explora ainda mais o trabalhador é o mesmo que alivia para os patrões e diz que ‘todos devem pagar pela crise’(crise que o próprio capitalismo criou e que nada tem a ver com os trabalhadores), mas nos momentos bons dos negócios não dividem os lucros com os trabalhadores.

A única saída para lutar por direitos e fazer valer os conquistados a tanto suor e trabalho é nos organizarmos, o único modo de garantir nossos direitos e obter as necessidades da classe trabalhadora é estar organizados e mobilizados, os trabalhadores em seus sindicatos e os estudantes também, nos grêmios estudantis, que são também sindicatos dos estudantes, que organizam e mobilizam os jovens pelos nossos direitos, assim sendo, nos organizemos em nossos sindicatos, em nossos grêmios estudantis.


Johannes Halter

Membro do Grêmio Estudantil, Sindicato dos Estudantes



...

Hoje me dei conta de como é difícil lutar, mesmo que a luta fosse para o bem comum...
Há restos de idéias jogadas ao vento e catadas por alguns pensadores sobre uma possível revolução que iria nos livrar desse sistema opressor.
Eu estou no segundo ano do ensino médio e hoje (03/08) a aula de geografia foi sobre Capitalismo × Socialismo. Confesso que a maioria dos alunos não estava concentrado na aula, _ falar sobre as férias era mais interessante.
Houve dois meninos que se destacaram argumentando o assunto; um, pelo fato do sistema capitalista ser mantido há anos mesmo com as pessoas sabendo da desigualdade e do egoísmo que esse sistema alimenta no ser humano; e o outro, indignado com a falta de estrutura que o sistema sócio econômico nos apresenta e a injustiça que há na sociedade.
Pensei enquanto discutiam o assunto que a culpa sobre todos os males sofridos pelo povo só são contínuos porque o povo não se organiza para que isso acabe. Que, se toda a vez que houver os problemas sociais e as pessoas se omitirem e se acomodarem, vai ser ai que perderemos a dignidade e seremos dominados.
Eu compreendi a indignação do meu colega, é real a existência da exploração, da fome, da falta de estrutura na escola, e de muitos venderem seu trabalho e ganharem tão pouco.
Não consigo concordar com uma sociedade onde poucos tenham tanto e muitos terem tão pouco, alguns quase nada...
Torno a repetir a frase de Edmund Burke:

“Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada.”

Espero que essa nova geração venha com sede de justiça, preparado para mudar e para fazer a diferença no mundo.
As novas idéias e talvez até a revolução vem por um indignado que convence mais um e mais um e mais um... Ganhando uma sociedade disposta a mudar seu sistema para melhor, mas ainda assim queremos todos, o bem de todos... Pelo amor a nação, a pátria,e a justiça....



Juliana Marimon Soveral – Presidente do Grêmio Estudantil J.R. e diretora de imprensa da União Joinvilense de Estudantes Secundaristas.

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Segundo artigo de capa do jornal USA Today do dia 12/06, “mesmo com a taxa de desemprego nos EUA alcançando os patamares do pós-Guerra, os trabalhadores norte-americanos enfrentam as piores condições de vida desde a Grande Depressão” [década de 1930].

Com base em análises de dados sobre o desemprego, o jornal burguês relata que o corte nos salários, a redução das horas, férias coletivas e trabalhos de meia-jornada reconduziram os trabalhadores às condições e aos níveis de vida do período que se seguiu à crise de 1929.

Como o país capitalista mais rico do mundo, a catástrofe dos EUA revela qual o futuro que reserva para toda a humanidade este sistema baseado na propriedade privada dos meios de produção e na exploração da força de trabalho. Afinal, se a coisa tá feia lá, imagina como pode ficar aqui!

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, afirmou que, “embora existam sinais de que as contrações da crise tenham diminuído nos países saudáveis, a crise nos países em desenvolvimento se acelera”. E isso os assusta, pois sabem que o povo trabalhador não vai mais agüentar por muito tempo sem se revoltar.

Por isso continuam pipocando ocupações de fábrica e greves em diversos países – o que aumenta ainda mais a importância do 2º Encontro Latino-Americano das Fábricas Ocupadas que ocorreu em Caracas, na Venezuela, no fim de Junho. Por isso também é que no Peru o povo sai às ruas, apesar da repressão que massacrou os manifestantes a mando do Presidente Alan Garcia. Por isso a juventude já não aceita mais ficar parada e, por exemplo, na USP, quando a greve dos funcionários é reprimida violentamente pela Polícia Militar, um número ainda maior de estudantes e professores se solidariza e adere à greve.

As demissões seguem pelo Brasil afora e os trabalhadores continuam buscando resistir a todo custo, assim como os trabalhadores da fábrica ocupada Flaskô - que completou 6 anos de controle operário e luta pela estatização.

E Lula disse no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra: “Espero que da crise surja uma nova ordem internacional que recompense a produção e não a especulação. (...) Esta nova ordem também deve respeitar as normas meio-ambientais viáveis e transformar o comércio internacional em um instrumento de desenvolvimento para uma distribuição mais justa da riqueza.” Reformismo puro!

Lula acha que é possível que os grandes capitalistas parem de especular, que os patrões fiquem mais bonzinhos? Qualquer trabalhador que passa 44 horas por semana, ou mais, dentro de uma fábrica, sendo esfolado pelo patrão, sabe que não adianta tentar convencer o patrão a parar de enriquecer e distribuir a riqueza para os trabalhadores. Os patrões vão continuar sugando o sangue e o suor dos trabalhadores até não poderem mais. O ex-metalúrgico Lula não sabe disso?

Ao invés de pedir aos patrões que fiquem bonzinhos, está na hora de agir contra eles. Antes que os efeitos da crise no Brasil se tornem piores do que nos EUA. Mas, se Lula desejasse agir contra os patrões ele sabe que teria que romper as alianças com os capitalistas e seus partidos burgueses. Romper a colaboração de classes com os capitalistas é a condição para começar a governar em defesa dos trabalhadores!

Texto retirado de Outros artigos deste autor


Dia 16 de Julho é realizada uma assembléia geral na escola João Martins Veras, escola central de Joinville, onde estavam presentes os grêmios estudantis Martins Veras, Presidente Médici, Tufi Dippe.

A assembléia que contou com todos os estudantes da escola, foi se duvida uma grande prova de que o movimento estudantil de Joinville vem de passo em passo se fortalecendo e crescendo, com um programa de luta, não são jovens sem um objetivo, mas sim estudantes cientes do que ocorre ao seu redor e dispostos a organizar os estudantes e a trazer mais e mais estudantes para a luta pelos seus direitos, por uma sociedade sem exploração, sem divisão de classes, o fim do capitalismo que não oferece nehum futuro aos jovens.

Na discussão com os estudantes várias questões foram levantadas, e a algumas damos suas conclusões novamente aqui para todos os companheiros;

- Por que existem bilhões a serem dados os banqueiros e nossa escola(Martins Veras) vive a muito tempo em precárias condições de infraestrutura e funcionamento? Bianca dos Anjos, 2º.
'Hoje vivemos em uma sociedade baseada no capitalismo, onde seu único objetivo é o lucro, em uma escola pública como as que estudamos ele não o obtem, e por este e por outros motivos nós, os verdadeiros interesados no futuro e no presente do país, somos lançados ao acaso, sem suporte digno para crescermos, o estado então toma ações para atacar as consequências dos problemas que ele próprio cria, mas esquece que a solução é arrumar a causa, causa essa que é o não investimento na escola pública, saúde, segurança, políticas públicas que melhorem a vida dos trabalhadores que constituem a maioria da população.'

- Gasto cerca de 180 reais com transporte para estudar mensalmente, o passe-livre é mesmo necessário para nós estudantes, mas não é algo impossivel para ficarmos discutindo ele? Ana Fernanda da Silva, 1º.
'O passe-livre é nos garantido por lei sancionada pelo próprio presidente Lula em 2002, em Cuiabá os estudantes tem passe-livre, obtido através de muito esforço, em Maringá também os estudantes tem passe-livre integral, semana passada em Brasília foi aprovada pelos governantes, dando aos estudantes o direito ao passe-livre integral. Nós joinvillenses não somos do mesmo modo estudantes, do mesmo modo cidadãos, do mesmo modo brasileiros? Nos dizem que há passe-livre aqui, é até engraçado, os monopólios do trasporte da cidade é que definiram, a realidade é que a única solução é aplicar o passe-livre integral, para todos os estudantes, porque antes de pobres ou ricos somos todos cidadãos, e a lei vale para todos não é? Então façamos ela valer, assim como os companheiros de Cuiabá o fizeram e o fazem até os dias de hoje.'

Além destas discussões com os estudantes, foram apresentadas a UJES(União Joinvillense dos Estudantes Secúndaristas), as lutas estudantis em Joinville e no Brasil, a importância de um grêmio organizado em cada escola, o trabalho de todos os grêmios sobre um programa de luta e a importancia de estarem todos os estudantes unidos, pelo fim da exploração, pelo fim da mizéria, pela defesa dos direitos de todos os estudantes, pela defesa das fábricas ocupadas pelos trabalhadores, que são os nossos pais, pela defesa das condições para a libertação da população do capitalismo, e isto será o resultado de um combate constante de todos nós brasileiros.


Johannes Halter,
Membro do Sindicato dos Estudantes, Um Sindicato de Luta




No dia 14 de julho de 2009, a Escola de Educação Básica Conselheiro Mafra, em Joinville, Santa Catarina, elegeu para o grêmio estudantil a chapa Democracia Direta. Esse resultado é uma grande vitória do movimento estudantil e social, pois este grêmio será um verdadeiro sindicato dos estudantes, de luta e de mobilização. A chapa Democracia Direta propõe criar, juntamente com entidades de outras escolas, um movimento de massas que lute principalmente pelo passe-livre e contra a destruição da escola pública.

Apresidente da Chapa, Ana Luiza Hemb, 17 anos, declarou que o grêmio será contrário ao pagamento de matrículas e mensalidades, venda de rifas, bingos e qualquer medida que ajude o sistema capitalista a privatizar a educação. “Lutaremos por uma escola pública que seja financiada pelos nossos impostos”, falou. Para ela, os estudantes não podem deixar que o capitalismo lhes tire o direito à escola pública e de qualidade. “Os grêmios de Joinville não aceitarão nenhum ataque à escola pública, não permitiremos que nos tirem nenhum direito”, garantiu.

O descaso dos governantes para com a educação vem gerando uma enorme revolta entre os estudantes. Assim surge a oportunidade para criar um movimento de massas, que tenha como objetivo politizar e organizar a juventude. Só estudantes conscientes e organizados podem entender a importância de lutar por seus direitos e pelo socialismo. Cabe aos grêmios e às organizações estudantis cumprir esse papel, dar uma orientação revolucionaria e de esquerda a esses estudantes. Do contrário, acabarão sendo coniventes com a vontade da burguesia, que é de tudo “comercializar’’, até o conhecimento.
Viva aos estudantes do Conselheiro Mafra e sua iniciativa. Vamos juntos, todos os grêmios estudantis a busca dos direitos dos estudantes, seja pelo passe-livre, seja pela defesa da escola pública de qualidade, seja pelo socialismo, vamos estar juntos para obter as vitórias que tanto desejam todos os estudantes de Joinville e do Brasil.

Nota da UJES ao Grêmio Estudantil Conselheiro Mafra e aos estudantes de toda a Joinville.


A educação pública passa por sérios problemas em todo o mundo. A falta de investimentos na educação por parte dos governos tem gerado escolas desestruturadas e professores mal remunerados, o ambiente escolar se tornou um lugar inapropriado para o estudo e em alguns casos os alunos têm dificuldades para chegar a escola. Esses problemas podem ser notados principalmente em países capitalistas subdesenvolvidos como o Brasil, o descaso com a educação pública gera na maior parte desses países, graves problemas sociais.

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No Brasil, um dos maiores problemas no momento é o transporte público, pois poucas cidades fornecem passe-livre aos estudantes, assim os filhos de trabalhadores, pessoas humildes que só sonham com um futuro melhor para os seus filhos são obrigados desembolsar uma grande parte do seu parco salário para pagar o lucro das empresas de ônibus. Nessas condições não estaria sendo negado aos estudantes mais pobres o livre acesso a educação? Para garantir que os estudantes tenham o livre acesso a educação, primeiramente, os alunos devem chegar ao colégio, sem passe livre como um filho de um trabalhador que mora distante da escola poderá estudar? Além do problema do transporte, ainda há a má remuneração e más condições de trabalho a que os profissionais do ensino são submetidos, esses trabalhadores são obrigados a ceder a maior parte de seu tempo que poderia estar sendo dedicado ao lazer, ao descanso, e a claro, preparar as aulas, para dar aula em três turnos em ambientes sem qualquer estrutura para o estudo, e no final do mês não receberem se quer, o piso salarial estabelecido por lei.

A falta de estrutura no ensino público tem muitas causas, mas tem um principal culpado e esse é o interesse privado, pois o capitalismo é um sistema que preza o lucro, e a escola pública não gera lucro. Diante desses problemas, os estudantes têm uma arma para lutar por uma escola pública de qualidade, pelos direitos dos estudantes e contra o capitalismo. E essa arma são os grêmios estudantis livres! O grêmio estudantil é o sindicato dos estudantes, é a entidade que organiza os alunos na luta pelos seus direitos, só com grêmios livres é que os estudantes poderão reivindicar os seus direitos, só organizados numa entidade combativa e de oposição ao sistema capitalista é que poderão lutar.

Os grêmios estudantis da E. E. B. Presidente Médici e de outras escolas de Joinville, SC com militantes da Juventude Revolução se tornaram verdadeiros grêmios de luta, pois são grêmios de oposição ao capitalismo, grêmios que lutam pelo passe – livre, pela escola pública de qualidade, pelo fim do vestibular e vagas para todos nas universidades públicas, grêmios de luta e socialista!

Nos países capitalistas, provavelmente as escolas não alcançaram um padrão de qualidade para todos, pois enquanto houver o interesse privado, a classe trabalhadora sofrera as conseqüências de um sistema econômico falido. Organizar-se é a melhor forma de vencer esse sistema e lutar pelos nossos direitos, os estudantes têm que estar organizado e lutar, se não, tudo continuará a ser o mesmo, e para os trabalhadores só restará o nada e a miséria.

Iago S. S. Paqui
Membro do Grêmio Estudantil Presidente Médici Membro da Diretoria da UJES

Um Sindicato de Estudantes, Um Grêmio Estudantil


Grêmios estudantis organizam-se como sindicatos de estudantes

“Quem organiza essa manifestação é o sindicato dos estudantes: o grêmio estudantil do Médici.”, Foram às palavras de Johannes Halter, 17 anos, presidente do Grêmio estudantil do colégio Presidente Médici, ao iniciar a paralisação de sua escola. Suas palavras expressam o que pretende o grêmio estudantil, no qual participa. Como verdadeiros sindicalistas, fazem piquete na porta da escola, organizam formação com os estudantes e tem como objetivo principal desenvolver a “consciência de classe” dos estudantes.

Como diz Iago Paqui, vice-presidente do Grêmio Estudantil Presidente Médici: “precisamos mostrar para cada estudante, que a maioria que estuda em escola pública é filho de trabalhador. Operários. Que o capitalismo lhe tira o direito a uma vida digna e a um futuro. Não lhe concedendo o direito a educação e ao lazer.” Para eles esse é o papel do grêmio estudantil. Organizar a luta dos estudantes por suas reivindicações seja pela: escola pública, pelo passe-livre e pelo socialismo.

O capitalismo esgotou todas as possibilidades de um futuro para a juventude. E o socialismo é: a sociedade, em que os meios de produção- fábricas e terras- estarão a serviço de todos, não de uma minoria que suga o sangue dos trabalhadores para sustentar seus privilégios – explica Halter.

No dia 15, 18 e 19 de maio o grêmio estudantil do Médici, João Rocha, Paulo Medeiros, Tufy Dippe estiveram sempre presentes nas manifestações contra o atentado aos estudantes e trabalhadores, com o aumento absurdo da tarifa de transporte coletivo de Joinville, que atende somente ao lucro dos grandes empresarios.

João Diego Leite
Extraido de http://minhacriticadacritica.blogspot.com/





Johannes Halter

"Nos Organizemos e Lutemos"

O que é um Grêmio Estudantil?

O Grêmio Estudantil é um sindicato dos estudantes, ele organiza os estudantes e conscientiza-os a defender seus direitos e interesses.

Direitos como a educação pública de qualidade, o passe-livre, atuando nele, você conscientiza-se da luta de classes, e aprende ética, cidadania e seus direitos na prática.

Quem Faz Parte do Grêmio Estudantil?

Fazem parte do grêmio estudantil todos os estudantes matriculados na instituição de ensino, todos os estudantes tem a oportunidade e o direito de militar dentro de seu sindicato, de seu Grêmio Estudantil.

Podemos nos Organizar em um Grêmio, um Sindicato?

A organização do Grêmio Estudantil é assegurada pela Lei Federal 7.398, de 04/11/85, por isso ninguém pode impedir que os alunos fundem e mantenham o Grêmio de sua escola. Além do Estatudo da Criança e do Adolecente que garante a livre organização e expressão.

Então nós podemos e devemos militar, ou seja, participar e nos organizar dentro de Grêmios Estudantis, a fim de organizarmos sindicatos estudantis de Luta, que organizem os estudantes à luta por seus direitos, e que defendam os mesmos.

O que busca um Grêmio de Luta, Um Sindicato de Luta?

Conscientizar, mobilizar e politizar todos os estudantes para a defesa de seus direitos, para a consciência de classes, para a organização em sindicatos de todos os estudantes. Lutar pela escola pública de qualidade, pelo transporte aos estudantes tão explorados pelo capitalismo, pelo presente do estudante e o futuro de cada cidadão, cada ser humano, do Brasil e do mundo.

Fazer com que todos militem em um sindicato, que sejam cidadãos honrosos, dignos e aptos a fazer a discussão da defesa dos estudantes, seus pais, dos professores, o debate pelo fim da exploração, pelo fim do capitalismo, por uma sociedade onde não o 'meu' mas sim o 'nosso' predomine.

Sociedade essa que será alcançada por todos os trabalhadores e estudantes, do Brasil e do Mundo, através da organização, mobilização e politização da classe trabalhadora, os estudantes e os trabalhadores, a militância. Para um Sindicato de Luta.

Participe do seu Grêmio Estudantil,

O Seu Sindicato de Luta.

A Emancipação dos Trabalhadores será Obra dos Próprios TrabalhadoresKarl Marx



"Todos os estudantes querem alguma providência!"palavras da aluna Bruna Moreira da Escola Presidente Médici/Joinville/SC.

Em várias escolas os problemas são os mesmos, a negligencia das entidades públicas para com os estudantes e suas condições de ensino. Em uma destas escolas, a Escola de Educação Básica Presidente Médici, onde existe grêmio organizado e atuante a aluna Bruna Moreira colocou o seguinte, suas palavras " --Há algum tempo nós estudantes da escola Presidente Médici estamos sendo prejudicados em nossas aulas de Educação Física pelo motivo de a quadra e o auditório da escola estarem interditados.
Nossas aulas de educação física viraram “aulas livres”, pois a tempo não sabemos o que é praticar algum esporte.
Todos nós estamos muitos indignados! A GERED já foi comunicada de mandar um engenheiro á escola para depois tomar providências de conserto. Porém estamos esperando há aproximadamente três meses esse conserto. Ficaram de amanhã dia 24/06 mandarem uma resposta e nós estudantes esperamos realmente que tomem alguma providência.
Hoje aqui falo como estudante, pois muitos vieram me procurar para falar do assunto e se preciso for nós estudantes iremos nos mobilizar para mostrar nossa indignação!"
Foram as palavras de Bruna Moreira, uma estudante que como tantos outros observam e tem de conviver com a negligencia das autoridades competentes com respeito a educação e vida do estudante, com o desenvolver e com o formar do cidadão, com o compromisso que o estado tem com a educação, de proporcionar uma educação pública de qualidade para nós estudantes, infra-estrutura, professores qualificados e bem remunerados, evolução no ensino e adaptação ao moderno mundo do ensino em que vivemos, proporcionando uma vida e um futuro mais digno a cada estudante que sofre nesta e em tantas outras escolas do Brasil e do Mundo.


Johannes Halter
Membro da UJES
Membro do Grêmio Estudantil Presidente Médici
Sindicatos de Luta dos Estudantes

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